Depois da sua fase no jornal “Tribuna”, onde exerceu a multi-
função de vice-diretor e chefe de redação, Gouvêa Lemos assumiu a redação da “Voz
de Moçambique” no inicio de 1963. A sua primeira crônica, nesta fase, foi na
edição no. 68, IV Ano, de 28 de Fevereiro de 1963, ainda quando era editada quinzenalmente.
A entrada de Gouvêa Lemos na equipe da “Voz de Moçambique” tinha como objetivo
assumir a responsabilidade de transformar o jornal em semanário. Ficou até Novembro de 1964, quando partiu para a Beira para transformar o "Notícias da Beira" em um diário.
Estas primeiras linhas só para dar introdução à informação
sobre o presente que recebi de uma pessoa que me é muito querida, o Vitor
Adrião Rodrigues. Este me fez chegar às mãos a encadernação, em quatro volumes,
das edições da Voz de Moçambique que vão de 28 de Fevereiro de 1963 a 15 de
Janeiro de 1966. Esta relíquia pertencia ao seu irmão, o advogado Carlos Adrião
Rodrigues, que faleceu em Fevereiro de 2011.
Achou o Vitor Adrião Rodrigues que eu merecia ter a emoção de
folhear estes exemplares, descobrindo neles textos do Gouvêa Lemos como de
outras grandes feras que foram alguns dos seus contemporâneos. Entre eles o
próprio Dr. Adrião Rodrigues, que em dupla com a sua esposa Quina, foram
grandes amigos e companheiros do casal António e Madalena Gouvêa Lemos.
Deste material pretendo colocar aqui no blogue os textos do
Gouvêa Lemos que estejam inéditos neste espaço. O primeiro que identifiquei,
logo na primeira edição de 28 de Fevereiro de 1963 é uma das crónicas que mais
aprecio dele: “Negrófilos e Negrófobos”, que no seu estilo irónico e sarcástico
trata da qualificação que algum reaças que lhe fez sobre ser ele um negrófilo.
Este texto já foi editado aqui neste espaço no dia 14 de Outubro de 2012 e pode
ser acessado pelo link http://gouvealemos.blogspot.com.br/2012/10/negrofilos-e-negrofobos.html.
Do material pretendo ainda montar um completo índice dos
títulos das manchetes de cada uma das edições, por data, identificando os seus
autores. Existem alguns textos e reportagens não assinadas que também farão
parte do índice. Alguns destes textos, pelo estilo da sua escriba, percebem-se
serem do GL. Os que eu tiver informações concretas que são de fato dele, assim
serão identificados tendo a fonte da informação. Ainda estarei avaliando onde
disponibilizarei este índice para que os leitores possam ter acesso e assim,
eventualmente, me solicitem que edite textos que lhes sejam de interesse.
Pretendo ainda, via blogue “Lanterna Acesa 2” (http://lanternaacesa2.blogspot.com.br/), editar as propagandas que aparecem nas páginas da “Voz de Moçambique” neste
período, A ideia é catalogar em quatro grupos: Cigarros, Bebidas (Refrigerantes e
Cervejas), Carros e Outros (comércio e indústria no geral).
Tudo isto na minha velocidade, sem compromissos de prazos,
mas com o compromisso de dividir com o máximo de leitores parte da obra
jornalística do Gouvêa Lemos, como disponibilizar parte da história do
jornalismo luso-moçambicano que ele e outros seus contemporâneos fizeram parte.
O restante virá como sobremesa.
Zé Paulo
Então era essa relíquia? Bem hajam os tios "Adriões" por te repassarem História do Jornalismo Moçambicano!
ResponderExcluirO tio Carlos, com aquela visão e análise política de longitude - tão em falta em tempos presentes - ao mandar encadernar esses jornais, fez um serviço bibliográfico histórico.
Se há vida, depois que abandonemos esta em que estamos, posso imaginar os três amigos Craveirinha, Carlos Adrião e G.Lemos, embaixo da sombra de uma imponente Mafurreira, relembrando histórias escritas por eles na Voz de Moçambique.
Kanimabo maningue aos tios Carlos e Vítor.
como é bom vos ler manos . Fico feliz ,,,, falam tb por mim :-)
Excluirmas agradecer , terei que fazer por mim , rssssss... obrigado meus tios queridos !
Tareca
KHANIMAMBO MANINGUE permito-me eu dizer aos descendentes de figura tão grada do Jornalismo moçambicano (e Português, claro). Conheci, pessoalmente, o Gouvêa Lemos em 1962, em várias tertúlias e conferências e debates (Cine-Clube, Assoc. dos Antigos Estudantes de Coimbra, Associação dos Naturais de Moçambique, e em outros lugares que se perderam nas gavetas do meu cérebro). E o Eugénio Lisboa e o Ruy Knopfli e o Homero Branco e o Natividade e a Ma. Luísa Natividade e... andava eu pelos 20 e poucos anos. Este foi o complemento da formação política que me deram meu Pai e minha Mãe!!!
ExcluirDepoimento que reflete um momento da história de todos nós, inclusive de Moçambique. Grande abraço, Carlos.
ExcluirMano ZP. A ideia de colocares algumas publicidades daquela época no teu Lanterna Acesa também acho bem legal.
ResponderExcluirNão te quero empurrar, pois o tempo não se empurra. Mas corre um bocadinho ok?
Beijos
ehehehehehe... concordo, mas vou ajudar , o mano ZP está no mato, Mato Grosso, sem saber quando volta e esteve lá antes á bem pouco tempo :-)
ResponderExcluirBeijos aos dois
Esta semana, de volta a casa, vou tentar dar umas corridinhas ;-)
ResponderExcluirCuidado com as corridinhas.....rsrsrsrsrs.....
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