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domingo, 22 de setembro de 2013

Gouvêa Lemos na "Voz de Moçambique"


Depois da sua fase no jornal “Tribuna”, onde exerceu a multi- função de vice-diretor e chefe de redação, Gouvêa Lemos assumiu a redação da “Voz de Moçambique” no inicio de 1963. A sua primeira crônica, nesta fase, foi na edição no. 68, IV Ano, de 28 de Fevereiro de 1963, ainda quando era editada quinzenalmente. A entrada de Gouvêa Lemos na equipe da “Voz de Moçambique” tinha como objetivo assumir a responsabilidade de transformar o jornal em semanário. Ficou até Novembro de 1964, quando partiu para a Beira para transformar o "Notícias da Beira" em um diário.
Estas primeiras linhas só para dar introdução à informação sobre o presente que recebi de uma pessoa que me é muito querida, o Vitor Adrião Rodrigues. Este me fez chegar às mãos a encadernação, em quatro volumes, das edições da Voz de Moçambique que vão de 28 de Fevereiro de 1963 a 15 de Janeiro de 1966. Esta relíquia pertencia ao seu irmão, o advogado Carlos Adrião Rodrigues, que faleceu em Fevereiro de 2011.
Achou o Vitor Adrião Rodrigues que eu merecia ter a emoção de folhear estes exemplares, descobrindo neles textos do Gouvêa Lemos como de outras grandes feras que foram alguns dos seus contemporâneos. Entre eles o próprio Dr. Adrião Rodrigues, que em dupla com a sua esposa Quina, foram grandes amigos e companheiros do casal António e Madalena Gouvêa Lemos.
Deste material pretendo colocar aqui no blogue os textos do Gouvêa Lemos que estejam inéditos neste espaço. O primeiro que identifiquei, logo na primeira edição de 28 de Fevereiro de 1963 é uma das crónicas que mais aprecio dele: “Negrófilos e Negrófobos”, que no seu estilo irónico e sarcástico trata da qualificação que algum reaças que lhe fez sobre ser ele um negrófilo. Este texto já foi editado aqui neste espaço no dia 14 de Outubro de 2012 e pode ser acessado pelo link http://gouvealemos.blogspot.com.br/2012/10/negrofilos-e-negrofobos.html.
Do material pretendo ainda montar um completo índice dos títulos das manchetes de cada uma das edições, por data, identificando os seus autores. Existem alguns textos e reportagens não assinadas que também farão parte do índice. Alguns destes textos, pelo estilo da sua escriba, percebem-se serem do GL. Os que eu tiver informações concretas que são de fato dele, assim serão identificados tendo a fonte da informação. Ainda estarei avaliando onde disponibilizarei este índice para que os leitores possam ter acesso e assim, eventualmente, me solicitem que edite textos que lhes sejam de interesse.
Pretendo ainda, via blogue “Lanterna Acesa 2” (http://lanternaacesa2.blogspot.com.br/), editar as propagandas que aparecem nas páginas da “Voz de Moçambique” neste período, A ideia é catalogar em quatro  grupos: Cigarros, Bebidas (Refrigerantes e Cervejas), Carros e Outros (comércio e indústria no geral).
Tudo isto na minha velocidade, sem compromissos de prazos, mas com o compromisso de dividir com o máximo de leitores parte da obra jornalística do Gouvêa Lemos, como disponibilizar parte da história do jornalismo luso-moçambicano que ele e outros seus contemporâneos fizeram parte.
O restante virá como sobremesa.


Zé Paulo

8 comentários:

  1. Então era essa relíquia? Bem hajam os tios "Adriões" por te repassarem História do Jornalismo Moçambicano!
    O tio Carlos, com aquela visão e análise política de longitude - tão em falta em tempos presentes - ao mandar encadernar esses jornais, fez um serviço bibliográfico histórico.

    Se há vida, depois que abandonemos esta em que estamos, posso imaginar os três amigos Craveirinha, Carlos Adrião e G.Lemos, embaixo da sombra de uma imponente Mafurreira, relembrando histórias escritas por eles na Voz de Moçambique.

    Kanimabo maningue aos tios Carlos e Vítor.

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    1. como é bom vos ler manos . Fico feliz ,,,, falam tb por mim :-)

      mas agradecer , terei que fazer por mim , rssssss... obrigado meus tios queridos !

      Tareca

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    2. KHANIMAMBO MANINGUE permito-me eu dizer aos descendentes de figura tão grada do Jornalismo moçambicano (e Português, claro). Conheci, pessoalmente, o Gouvêa Lemos em 1962, em várias tertúlias e conferências e debates (Cine-Clube, Assoc. dos Antigos Estudantes de Coimbra, Associação dos Naturais de Moçambique, e em outros lugares que se perderam nas gavetas do meu cérebro). E o Eugénio Lisboa e o Ruy Knopfli e o Homero Branco e o Natividade e a Ma. Luísa Natividade e... andava eu pelos 20 e poucos anos. Este foi o complemento da formação política que me deram meu Pai e minha Mãe!!!

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    3. Depoimento que reflete um momento da história de todos nós, inclusive de Moçambique. Grande abraço, Carlos.

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  2. Mano ZP. A ideia de colocares algumas publicidades daquela época no teu Lanterna Acesa também acho bem legal.
    Não te quero empurrar, pois o tempo não se empurra. Mas corre um bocadinho ok?
    Beijos

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  3. ehehehehehe... concordo, mas vou ajudar , o mano ZP está no mato, Mato Grosso, sem saber quando volta e esteve lá antes á bem pouco tempo :-)

    Beijos aos dois

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  4. Esta semana, de volta a casa, vou tentar dar umas corridinhas ;-)

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