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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Em tempos de descoberta de água na Lua, vale a pena reler...

Coluna Mesa Redonda - por Gouvêa Lemos, em Dezembro de 1957



VAE VICTIS!


Ninguém pense que a URSS tem saldo positivo de pontos neste match sem fim com número ilimitado de rounds, em que anda entretida com os EEUU.

Não. Esses socos, género satélites e projécteis e mesmo o recente uppercut na atmosfera, que foi o tal goofnik americano, são coisa nenhuma no campo do espírito e das ideias. E aí, sim, é que se travam as grandes batalhas e se conseguem as vitórias duradouras, efectivas.

Ora, pelo que sabemos, o comunismo não fez, até agora, estragos notáveis na América. Até se considerou McCarthy um visionário, a esgrimir com moinhos de vento. Há por lá uns tipos isolados com a mania do marxismo, que nada representam se os compararmos, em número e significado, com os que têm, por exemplo, a mania do chewing gum.

Em contrapartida, soube-se por uns rapazinhos russos, jogadores de qualquer coisa, recentemente idos a Londres, que o rock'n roll, além do jazz, entrou já na Rússia e que Elvis Presley tem uma grossa falange de fans soviéticos.


Pronto. Vejam, depois disto, se conta alguma coisa, no plano do domínio universal, a tal luta pelo espaço. A Rússia do futuro há-de mandar o Khrushchev para a Lua, em foguetão especial e o Rock dominará, por fim, as estepes!… Pobre Kremlin! Vae victis…



2 comentários:

  1. Este texto do GL foi escrito há 52 anos, e percebemos como já naquela época a música é globalizada, influenciando gerações além fronteiras.

    António

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  2. Sim, a música e a mania de grandeza também, na época melhor representada pelas "potencias", Russia e USA.

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