O compadre Tomás apanhou-o na queda e meteu-lhe um ombro sob o sovaco, puxou-lhe o braço à roda do pescoço e levou-o, de pernas bambas, pés a arrastar, os dois aos bordos, numa solidariedade forçada. O compadre Tomás, enfermeiro do Quadro de Saúde, ia a pensar na vida do João e perguntava-se a si mesmo, se fazia bem ou mal em levá-lo a casa. Ao mesmo tempo ia reparando em que a viagem, assim, era nervosa e cansativa. Quando chegaria ele, Tomás, à sua casa? E pensava, Tomás, que entraria de serviço na manhã seguinte, bem cedo. João resfolgava. Que idéia a tua João!
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FIM
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TE AMO PAI !
ResponderExcluirTareca
Obrigado pela partilha Ze.
ResponderExcluirAbraço
Rui Romeu
Olá... Para a foto na praia (usando tuas palavras)
ResponderExcluirTarde de julho –
Um sol dourado e quente
envolve os coqueiros
Um abraço.
Gostei muito de ler esta Crónica de Gouvêa Lemos.
ResponderExcluirO ritmo dos sons, o barulho da época em Lourenço Marques entre a realidade crua e certa existente, surge na luz do candeeiro da mesa-de-cabeceira, no aconchego do descanso e na esperança da mudança, entre a tamanha beleza da madrugada que se aproxima.
Inez